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Sinéia Rangel

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    [Resenha] Borboletas na Janela – Sinéia Rangel

    Olá, pessoas bonitas, tudo bem com vocês? Espero que sim 🙂

    Hoje trago para vocês a resenha de um livro que me arrancou algumas lágrimas e me fez pensar em como a vida é uma caixinha de surpresas e que a gente precisa aprender a lidar com o que nos é apresentado, aprender a voar sobre as dificuldades.

    Borboletas na Janela é o livro e este foi escrito pela Sinéia Rangel.

    Sinopse: Miguel Barcellar não esperava que o passado fosse invadir seu escritório, vestindo uma saia lápis, saltos Luiz XV, batom carmim e com um segredo que mudaria a sua vida.

    Há cinco anos ele se tornou pai. Em alguma parte do mundo, havia um filho que ele nunca conheceu, um garoto que foi entregue para adoção logo após o nascimento.

    Leon cresceu entre abrigos e lares temporários, até que conheceu Elena. Com histórias de vidas parecidas, foi criado um vínculo de irmãos e uma promessa: nunca abandonariam ao outro.

    E quando essa promessa parece impossível de ser mantida, o destino faz a sua mágica.

    Pais e filho se encontram.

    Uma família conta a sua história.

    E as borboletas voam!

    Em Borboletas na Janela conheceremos uma baita trupe (como é de costume nos livros da Sinéia) que ao contar sua história nos emocionará e nos fará ver a vida por outro ângulo.

    De primeiro momento conheceremos Leon, um garoto de 10 anos que há muito tempo não conhece o que é ter uma família.
    Vivendo em uma casa junto com outros meninos órfãos e que fugiram de casa, Leon precisou crescer rapidamente para que pudesse sobreviver nas ruas de Nova York.

    É praticando furtos em estabelecimentos e buscando restos de comidas em lixeiras que o garoto de cabelos loiros e lindos olhos azuis se alimenta e à Elena, uma doce garota com cabelos longos de 10 anos que está muito doente, mas que ocupa seu tempo lendo livros ilustrados e admirando a cidade através dos desenhos de Leon.

    “Às vezes, temos que dizer adeus para aqueles que amamos, porque o tempo deles aqui acabou.”

    Agora entrando na máquina do tempo, voltaremos 5 anos e conheceremos o advogado Miguel Barcellar (também integrante do clã Allencar-Barcellar) e a psicóloga Larissa Velásquez, o casal está juntos há 2 anos e em breve Miguel decide dar um passo importante na relação, mas nem tudo acontece como planejado.

    Laura Alvarenga é uma antiga namorada de Miguel que se mudou sem olhar para trás e reaparece depois de muito tempo com uma notícia surpreendente: Miguel e ela tiveram um filho, e este foi dado para a adoção sem conhecimento do pai. Desde então, Miguel decide ir atrás do seu filho mesmo sabendo que não será uma missão fácil de se realizar.

    Passados cinco anos o tão esperado encontro acontece, contudo não é do jeito que Miguel imaginou por tanto tempo. Agora casado com Lari e com residência em NY, Miguel conhece seu filho em uma delegacia, onde este foi preso ao se envolver em uma situação ilícita para tentar ajudar Elena.

    “Leon carrega muitas feridas, a maioria delas ele suturou sozinho, outras ainda queimam, escondidas por baixo de cascões. Todavia, nenhuma se compara à ferida que estou vendo se formar sob a sua pele. Ver Elena doente foi o que o fez arriscar a sua liberdade para salvá-la. Vê-la morrer vai arrastá-lo para uma caverna sombria. Não sei se consigo resgatá-lo de lá.”

    A partir deste ponto veremos que a história deles estarão cruzadas por muito tempo e que agora é questão de tempo e esforço para que eles se tornem a família tão sonhada.

    Será?

    “Todos temos nosso lado sombrio. A diferença entre nós é que eu não escondo o meu.”

    Leon e Elena são a base um do outro, enfrentando tantos obstáculos na luta pela sobrevivência, eles se apoiam um no outro.
    Elena é uma sonhadora e Leon é prático, de um jeito único eles se completam e é impossível não se apaixonar por eles. Sério mesmo.

    “estar vivo é o único motivo que você precisa para ser feliz. Elena não é apenas a melhor irmã do mundo, ela é a melhor filha e amiga que alguém poderia ter.”

    Lari e Miguel são a definição do que é viver o sonho do outro, as dores do outro e lutar por dois quando no outro já não há forças.
    Nem preciso dizer que amei, amei e amei a forma como eles são lindos juntos. Um casalzão!

    Se os Barcellar-Velásquez tem muito a ensinar ao Leon e à Elena, a recíproca também é verdadeira. Mesmo tendo apenas 10 anos, as crianças nos darão uma baita lição sobre força, superação e sonhos. E foi sempre quando a turminha estava reunida que meu coração aquecia e se sentia em paz e algumas lágrimas vinham aos olhos.

    “O abrir de asas da borboleta é o espetáculo da noite. O seu corpo desaparece sob elas, que são grandes e azuis com detalhes em preto. Fihama estava certa , na parte central das asas, há pequenos corações.”

    E não posso deixar de falar da Fihama, uma garotinha italiana de também 10 anos e que tem uma personalidade para lá de forte. Se torna amiga de Elena no primeiro dia de aula da nossa pequena borboletinha e desde então não se desgrudam mais, para a infelicidade de Leon. Entretanto não por muito tempo, logo os 3 se tornam inseparáveis e são as coisinhas mais deliciosas da vida!

    “amizade não deve ser algo forçado. A verdadeira amizade surge sem esperarmos.”

    Se o tempo é o melhor remédio, o amor é a água que tomamos para engoli-lo.

    Borboletas na Janela nos fala sobre o processo de transformação que passamos e como pode ser doloroso os primeiros vôos, mas que nunca, jamais, never, de forma alguma podemos parar de voar. Não podemos deixar que o medo de cair seja maior que a vontade de voar(frase clichê, mas olha é super verdade na história).

    Se na Duologia Contando Estrelas a Sinéia conduziu a história de forma surpreendente, neste novo livro me falta palavras para descrever o quão magnífico foi a escrita dela(talvez magnífica tenha sido uma descrição rs)

    A Sinéia desenvolveu uma história com reviravoltas que causaram agonia, revolta (Oi, Laura rs). Mas também houve acontecimentos lindos e fofos e maravilhosos e que mostram que a Sinéia ainda saber ser boazinha e não maltrata tanto nossos corações. Tanto.

    A escrita é sem falhas e de forma direta, com pulos de tempos pequenos e grandes, Sinéia retrata de forma verossímil a realidade de algumas famílias adotivas e as que o laço sanguíneo é real. Com todas as dores e amores.

    Com narração alternada, conhecemos a história sobre o ponto de vista de Miguel e Leon. E mesmo escrevendo segundo um menino de 10/11 anos, a autora conseguiu passar a realidade e não uma ilusão que, as vezes, é propagada pelas livros.

    A diagramação também está uma coisinha linda e o livro físico já está a venda no site da Coerência e Saraiva.

    Se eu indico esse livro? Por favor! Sim! Leia o mais rápido possível!

    Abra suas asas… e voe!

    “— Nós voamos, como as borboletas na janela.”

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