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Kendare Blake

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    [Resenha] Três Coroas Negras – Kendare Blake

    Como disse no post de aquisições de janeiro, que se você não viu, pode ver aqui, Três Coroas Negras foi um livro que ganhei de presente de Amigo Secreto na empresa em que trabalho, mas não fui eu que escolhi e sim, quem me tirou. Por isso, fui zerada de expectativas e imaginem, a minha surpresa ao me dá conta que este livro é ótimo! Já estou louca para ler a continuação.

    Sinopse: A cada geração na ilha de Fennbirn nascem rainhas trigêmeas. Na hora de reinar, apenas uma restará.

    Três herdeiras da coroa, cada uma com um poder mágico especial. Mirabella é uma elemental, capaz de produzir chamas e tempestades com um estalar de dedos. Katharine é uma envenenadora, com o poder de manipular os venenos mais mortais. E Arsinoe é uma naturalista, que tem a capacidade de fazer florescer a rosa mais vermelha e também controlar o mais feroz dos leões.

    Mas para coroar-se rainha, não basta ter nascido na família real. Cada irmã deve lutar por esse posto, no que não é apenas um jogo de ganhar ou perder: é uma batalha de vida ou morte. Na noite em que completam dezesseis anos, a batalha começa. A última rainha a permanecer em pé fica com a coroa.

    Em Três Coroas Negras conheceremos a história das trigêmeas que nasceram com destinada ao trono da ilha de Fennbirn, mas para que uma, e somente uma, se torne a rainha, ela terá que matar suas irmãs. Para isso, elas terão um ano após a comemoração dos seus 16 anos.

    Cada irmã nasce com um poder mágico em especial. Esta nova geração da Ilha conta com Katherine, uma envenenadora, criada em Greavesdrake Manor. Pessoas com esse dom podem ser capazes de ingerir altas doses de venenos e de produzi-los também. São de longe, o povo amis temido da ilha, já que há muitas gerações a rainha é uma envenenadora, e Nathalia, a líder do Conselho Negro, fará de tudo para que continue sendo assim.

    “Nunca antes três rainhas de mesma dádiva governaram sucessivamente. Sylvia, Nicola e Camille foram as últimas três. Todas eram envenenadoras, criadas pelos Arron. Mais uma, e quem sabe se acabaria se constituindo uma dinastia; talvez, depois disso, apenas a rainha envenenadora terá permissão para crescer, e suas irmãs serão afogadas ao nascerem.”

    Em Wolf Spring vive Arsinoe, a rainha naturalista, que tem o poder de fazer florescer a mais bela rosa e controlar o mais feroz dos ursos. Criada pela familia Milone, Jules, a naturalista mais poderosa em 50 anos da ilha é responsável pelo seu treinamento com a dádiva da rainha, o que tem se mostrado uma missão complicada, mas que Jules não descansará enquanto não cumprir com o que foi posto em suas mãos.

    “Tal tarefa deveria ser fácil para qualquer naturalista. Deveria ser especialmente fácil para uma rainha. Arsinoe deveria ser capaz de fazer todas as roseiras florescerem e tornar férteis campos inteiros. Mas sua dádiva não chegou.”

    E por fim, Mirabella, uma Elemental capaz de controlar os elementos, produzir e acalmar as mais impiedosas tempestades. Das suas três irmãs, Mirabella foi a única que desenvolveu sua dádiva e é considera a mais forte de todas e a mais provável rainha de Fennbirn. Criada em Rolanth por Sarah e sua família, tem total apoio do Templo e das Sacerdotisas, que saíram da neutralidade para apoiá-la e treiná-la.

    “Mirabella acabou de preencher o ar com relâmpagos. Raios magníficos e resplandecentes, estalando pelo céu e estourando em densos veios por todos os lados. Explosões longas e repetidas que iluminaram o interior do recinto como se fosse dia. Ela se sente exultante.”

    Passado as comemorações e com o Beltrane, evento em que as rainhas exibem o poder de sua dádiva, chegando, as tensões aumentam em toda ilha, fazendo com que alianças sejam formadas e decisões difíceis também.

    Vemos o amadurecimento das rainhas e o como o ódio é nutrido por quem elas deveriam amar e ser companheiras. Paixões se revelando, como é comum nesta idade, e atitudes rebeldes também.

    É uma fantasia muito bem ambientada e bem construída, com detalhes e surpresas que foram jogadas para o leitor durante a leitura, mas que só fazem sentido ao final. Que é um belo final, verdade seja escrita.

    Kendare usou a escrita em terceira que pessoa e com vários pontos de vistas diferentes, o que para mim foi um ponto maravilhoso, já que você tem a oportunidade de se envolver com os personagens secundários também. Mas em certo ponto senti que em certo ponto a Katherine era esquecida, na verdade, existem algumas partes seguida Arsinoe-Mirabella-Arsinoe-Mirabella-Katherine-Arsninoe-Mirabella e isso me incomodou um pouco, porque bem, a Kate é minha rainha favorita 😀 mas compreendo que essas partes foram importantes para o desenrolar do que viria a seguir.

    No mais, quanto a edição, achei a capa divina, com uma única ressalva que ela mancha muito facilmente e isso me incomodou, porque eu sempre via minhas marquinhas de dedo. Mas por dentro, a edição é divina, em cada capítulo das rainhas, um símbolo a representando está logo no início, o que é bom no início porque assim lhe ajuda a lembrar imediatamente sobre quem estaremos lendo no momento.

    Como disse, mal posso esperar para ler Um Trono Negro, continuação dessa série que parece ter muita coisa a conquistar e a nos revelar.

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