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    [Resenha] Superlativo – Medina Becker

    Oi, gente! Tudo bem com vocês? Eu espero que sim!

    Hoje é dia de trazer mais um post por aqui, como falei antes, em tempos de quarentena estou usando desse tempo de fazer algumas coisas que eu já tinha muita vontade. Algumas estão dando resultados, outras estou me frustrando um pouco, mas tudo no seu tempo e sem muita pressão, até porque o tempo que estamos vivendo já nos coloca pressão demais.

    Então sem muitas delongas, hoje eu vim aqui falar com vocês sobre Superlativo, que é o terceiro livro da série não seriada Medina Becker e que é, atualmente, minha série de Young Adult favorita desse mundão. E sabe o que é melhor? É nacional! Morro de orgulho das minhas meninas, gente!!

    Então vamos lá conhecer mais sobre essa obra que eu tanto amo?

    Sinopse: Entrar para a vida adulta é um grande marco, e isso não seria diferente para os dois pares de gêmeos da família Medina-Becker: Patrícia e Stella se mudaram da casa dos pais para cursar faculdade em outro estado, Apolo está tentando alavancar sua carreira de modelo, e Hélio está cada vez mais perto de tomar decisões importantes a respeito de seu namoro de anos.

    Tudo parece muito positivo e empolgante, mas é óbvio que, como em todas as fases da vida, novos dilemas não param de chegar. E o clima tropical do verão do Rio de Janeiro e de Florianópolis só faz as coisas esquentarem ainda mais! O ressurgimento de um amor antigo, uma paixão inesperada, descobertas familiares e até mesmo a simples leitura de um livro está fervilhando as cabecinhas desses jovens, enchendo-os de pergunta sobre eles mesmos.

    No terceiro livro da série (não seriada) Medina-Becker, Bruna Fontes nos presenteia com a oportunidade de entrar na mente dos gêmeos dessa família que conquistou mais de quatro milhões de leituras no Wattpad. Com a sensibilidade de sempre, a autora aborda temas importantes do cotidiano dos jovens, levando o leitor a sentir o dilema que é mudar e/ou assumir (para si e para os outros) que talvez você não seja a pessoa que todo mundo imaginava que fosse.

    Em cada um dos livros vamos conhecer um (ou mais de um) membro da maior família desse Brasil a Medina Becker, e nesse terceiro livros vamos conhecer a dupla de gêmeos Hélio e Apolo e Stella e Patrícia, os jovens que estão nas casas dos 20 ou quase lá, no caso das meninas. O livro é dividido como em uma fita cassete, tendo um Lado A e um Lado B, onde no primeiro iremos acompanhar um pouquinho sobre Apolo e Stella. O gêmeo astro da família e a irmã mais controladora possível.

    Apolo é lindo e isso é uma verdade reconhecida por todos e ele conseguiu fazer sua carreira como modelo após ser escolhido para estrelar o clipe de uma cantora muito famosa. Depois disso, todos passaram a querer saber mais sobre o jovem e ele estava curtindo demais essa fase. Até que ele reencontra uma amiga de infância e com isso, começa alguns questionamentos que o levam a uma descoberta pessoal, que por falta de palavras melhores, vou colocar excepcional.

    “Eu não me acho melhor do que os outros, só tenho plena consciência de quem sou; dos meus pontos altos, dos meus pontos baixos, das coisas em que sou bom. Muitas vezes acabo errando, mas eu me aprecio, e não sei por que às vezes parece que eu preciso ficar pedindo desculpas por gostar de mim mesmo.”

    Se Apolo está muito bem, obrigado, Stella parece não saber muito bem para onde ir. Ela está feliz com sua faculdade, mesmo que não seja onde ela tenha planejado desde o início, não tenha as coisas sob controle como tinha em Assunção —cidade de onde ela é— e esteja sentindo que sua relação com sua irmã, Patrícia, está tão diferente que ela não sabe muito bem qual foi o ponto de partida que fez tudo ficar do jeito que está. Mas ela quer descobrir e nessa busca, ela acaba encontrando muitas respostas, outras tantas perguntas e um amor para chamar de seu. Será?

    “Afinal de contas, eu estava viva para comprovar que, sim, o que mudava a gente eram os sentimentos, eram o que as coisas ao nosso redor provocavam dentro de nós. Às vezes era muito ruim, o que nos transformava em ostras, sofrendo por aquilo que somos.”

    Hélio é o gêmeo tímido e é totalmente o oposto do seu sósia. Em um relacionamento de 3 anos que está passando por muitas complicações, o mais velho dos Medina encontra-se em um limbo de várias perguntas e questionamentos que o fazem entender amis de si, e consequentemente, um pouquinho mais do mundo. Hélio é o irmão mais centrado e acho que por isso, por sempre ter vivido uma vida com muitas responsabilidades e com passos já certos, ele se vê tão perdido quando a vida dá uma guinada de 360°. Mas uma coisa que eu admiro demais nele é esse poder de reconhecimento de quando precisa pedir ajuda. É lindo demais!

    “Quando somos pequenos, são os nossos pais os responsáveis por nos ensinarem tudo sobre o mundo. A gente nasce sem saber nada, e são os nossos pais que ajudam a construir as pessoas que seremos no futuro, transmitindo para nós aquilo que eles acreditam ser a verdade.”

    E Patrícia é a nossa boa menina, não existe reclamações para ela. A boa filha, a boa amiga, a boa irmã, a boa estudante, mas na verdade será que ela é só isso? A boa alguma coisa? Será que ela não pode ser a melhor em algo? A mais desejada? E todas essas inseguranças ficam ainda mais fortes quando ela ver que todas as suas amigas e irmãs estão em um ponto em que ela não está e se sente cada vez mais para trás. E, claro, entrando nessa busca de se entender e na corrida contra alguma coisa que ela entende, ela descobre que não existe uma fórmula mágica e que para cada um há um tempo e um momento. E aff, como foi lindo essa descoberta!

    “A vida era mesmo uma caixinha de surpresas. E se tinha uma coisa que eu estava aprendendo era que, por mais que você ache que tem certeza de quem é, nada garante que isso não possa mudar. Nada garante que você não vai descobrir coisas dentro de si que nunca tinha visto antes e embarcar em novas aventuras. Nós nunca temos o controle do que vai acontecer adiante, apenas dos nossos próprios passos, e eles muitas vezes podem nos surpreender.”

    Superlativo é um livro que tem TANTO temas sociais importantes que eu nem sei explicar direito as vezes. É o meu livro favorito disparado dessa família (acho que toda vez que eu ler um livro deles vou falar isso) e amei a forma como a Bruna Fontes lidou com todos os temas desse livro. Temos importantes debates sobre raça —ser negro vai muuuito além da cor da pele, sabe? —, sobre homossexualidade e sobre se sentir “atrás” sempre.

    “Patrícia queria ser livre; eu queria ser autêntico. Stella queria ser independente; Apolo queria ser suficiente. E o que todos esses adjetivos tinham em comum era que denunciavam o desejo em todos nós de encontrar e confrontar o nosso verdadeiro eu, escondidos debaixo das nossas peles, em constante mutação dentro das nossas mentes.”

    Foi impossível não me conectar com esses personagens, porque cada um deles viveu algo que eu já vivi. Seja o questionamento sobre minha raça até entrar em um relacionamento longo que se desgastou. Seja estar sem o controle de mim que tanto prezei até essa sensação de sempre estar atrasada. Nossa, amei tanto esse livro que nem sei explicar e se eu pudesse distribuía ele para todo mundo, porque ele traz pontos que realmente julgo muito importante e essencial para o momento que estamos vivendo atualmente, de descobertas pessoais e debates sobre quem somos na sociedade.

    “É preciso coragem para se permitir enxergar a si mesmo com outros olhos, para entender o lugar no mundo que você ocupa e não só aceitar a diferença entre os outros, mas não se abster quando é preciso, como fez o Apolo. É preciso coragem para sair de casa e se permitir conhecer quem você é de verdade e perceber que você é suficiente sozinho, como fez a Patrícia. É preciso coragem para cortar o cordão umbilical e se permitir desbravar o desconhecido, como fez a Stella.”

    Me torno cada vez mais fã dessa família e da escrita sensível e verdadeira da Bruna e só espero pelo quarto livro, que me causa uma dualidade de sentimentos: o quero muito para poder matar a saudade assim como quero que demore para que eu não precise me despedir nem tão cedo dessa família incrível.

    Gata Bolota, conte comigo para tuuuuudo!

    “Nós éramos superlativos. Éramos uma mesma qualidade intensificada ao seu mais alto grau que havia na língua portuguesa.”

    Todos os livros dessa série, assim como todo o catalogo da editora se encontram disponíveis para leitura no Kindle Unlimented.
    “Eu sabia quem eu era. Sabia para onde gostaria de ir.”

    “Entre a minha irmã gêmea e a guria de quem eu gostava, eu me senti alguém que tinha pelo que viver. Alguém que tinha um futuro pela frente e gente boa demais ao meu redor. Me senti sortuda e sorri para Floripa enquanto ela sorria de volta para mim.”

    “Mas não é por isso que estamos vivos, afinal de contas? Para nos redescobrirmos todos os dias e desbravar as esquinas mais desafiadoras em toda a existência do ser humano– aquelas que estão dentro de nós mesmos.”

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