Olá, pessoas bonitas! Tudo bem com vocês?
Cá estou eu mais um dia para trazer uma resenha para vocês, mas a de hoje é para trazer minha opinião sobre um livro PERFEITO e que em breve todos poderão conhecer um pouco mais sobre a obra, visto que ela será adaptada para as telinhas pela queridinha do Streaming, a Netflix.
Você ainda não sabe do que eu estou falando? Bem, claro que é sobre Por Lugares Incríveis, uma obra-prima escrita pela Jennifer Niven.
Sinopse: Violet Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, a garota se afasta de todos e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos valentões e chamado de “aberração” por onde passa. Para piorar, é obrigado a lidar com longos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da família. Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um trabalho de geografia: conhecer lugares incríveis do estado onde moram. Ao lado de Finch, Violet para de contar os dias e finalmente passa a vivê-los. O garoto, por sua vez, encontra alguém com quem pode ser ele mesmo, e torce para que consiga se manter desperto.
Por Lugares Incríveis conheceremos Theodore Finch, o Theodore Aberração, que ficou conhecido assim na escola, que por incrível que pareça, não é o seu principal inferno. A pior coisa que poderia acontecer para Finch não é ser adolescente na Ensino Médio, mas é não ter controle sobre seu corpo. Enfrentando problemas psicológicos, mas odiando que o rotule sempre com um tipo de transtorno ou uma doença, o protagonista enfrenta muitos demônios dentro de si. Entre eles, a depressão, um pai violento, o abandono do dito cujo para com toda sua família, e uma mãe e duas irmãs que não se comunicam, ainda que tentem. Mas não tentam muito.
”Tempo é a única coisa que não tenho, mas então apago.”
Finch está desperto depois de algumas semanas “apagados” e dessa vez ele está determinado a ficar assim. E diferentemente das outras vezes, ele possui uma nova motivação. Violet Markey.
Violet passou por um trauma no ano anterior quando sua irmã, Eleanor, falecera no terrível acidente do carro, do qual ela sobrevivera. Tentando firmemente superar essa perda, Violet acaba por se afastar de tudo que um dia outrora fizera sentido. Da revista que mantinha com ela, da escrita e até de sua personalidade, passando a assumir uma pessoa a qual todos não reconhecem mais.
“Amo meu quarto. O mundo é melhor aqui do que lá fora, porque aqui sou o que eu quiser. Sou uma autora brilhante. Posso escrever cinquenta páginas por dia e nunca fico sem palavras. Sou uma futura aluna de escrita criativa na NYU. Sou a criadora de uma revista on-line popular— não a que fiz com a Eleanor, uma revista nova. Sou destemida. Sou livre. Estou segura.”
E talvez você pense agora que o livro se resumirá em Violet manter Theodore acordado e Theodore fazer com que Violet supere o trauma. Mais um livro do mesmo. Próximo, por favor.
E você está enganado. Está perfeitamente enganado.
O primeiro encontro dos dois acontecem na torre do sino da escola, enquanto Theodore está ali só para “passar um tempo”, porque vejam, ele acabou de despertar e não quer se matar. Bom não agora. Mas aparentemente, Violet não pensa assim e se não fosse por Finch, quem estaria morta era a garota. Mas todos da escola não pensam assim, ou não querem visualizar isso. Então assumem os fatos de forma equivocada e colocam no papel de herói Violet.
“Porque todos vamos morrer um dia. Eu só quero estar preparado.”
Mas Finch não parece se importar, ser a aberração é algo com a qual ele já está habituado (não acostumado, entenda). E agora ele tem um motivo ainda melhor para se manter acordado: um trabalho de geografia, onde o professor incentiva que duplas de alunos saiam por seu estado em busca de conhecer mais lugares e a história sobre sua cidade.
Claro que a Violet e Finch são uma dupla. Muito reticente no começo, admito. Mas uma dupla adorável, sem dúvidas.
E são nessas andanças por lugares incríveis de indiana que juntos eles conhecem mais coisas sobre o outro, esquecendo totalmente o que se dizem pelos corredores da escola, e se descobrem como bônus, porque se tem uma coisa que eu sei nessa vida (e os personagens descobriram também) é que toda jornada que façamos é uma jornada de autodescobrimento.
“Conheço a vida bem o suficiente pra saber que não podemos acreditar que as coisas vão ser sempre iguais, não importa o quanto a gente queira. Não podemos impedir que as pessoas morram. Não podemos impedi-las de ir embora. Não podemos impedir nós mesmos de ir embora.”
E a jornada desses dois é tão linda, mas TÃO LINDA! Eu juro a vocês que só li esse livro por dois motivos. O primeiro é que vai ter o filme dia 28/02 e o segundo porque esse é um dos livros favoritos de um dos meus melhores amigos. Então aproveitei uma promoção e comprei o ebook e posso dizer? Foi uma das melhores compras dessa minha vida. Então eu fui para a leitura sem esperar muitas coisas, porque realmente não sabia o que me esperava. Então minha primeira impressão foi que eles se salvariam e seria mais um Young Adult dramático com um romance lindo! Errei bonito!
De fato, é um Young Adult – gênero que eu AMO – com uma boa dose de drama, mas esqueçam tudo o que vocês podem imaginar. Não é nada do mesmo. Nunca foi e nunca será.
Por Lugares Incríveis nos levará a uma viagem por Indiana que nos apresentará as dores e percalços que ser adolescente enfrenta. As dores físicas, mas as mais principais, as internas.
“Que sentimento horrível deve ser amar uma pessoa e não ter como ajudá-la.”
Finch e Violet possuem muitas marcas e cicatrizes que não podem ser curadas com um romance ou com o apoio de outrem. Só podem ser curadas por eles mesmos e acho que se eu pudesse definir a jornada desses dois seria: uma jornada extremamente solitária feita com companhia. Porque crescer é isso, né? Uma jornada sozinha com pessoas ao redor.
“— O problema das pessoas é que elas esquecem que na maior parte do tempo o que importa são as pequenas coisas. Todo mundo está tão ocupado no Lugar de Esperar. Se lembrássemos que existe uma coisa chamada torre Purina e uma vista como esta, todos seríamos mais felizes”
Eu terminei esse livro com lágrimas nos olhos e escorrendo por todo meu rosto (e vocês sabem que isso não lá é coisa muito fácil de acontecer comigo), porque eu simplesmente AMEI a história desse livro, amei a mensagem que foi transmitida e amei a jornada lindíssima de herói que esses personagens enfrentaram. Porque vejamos, tudo sempre fica bem. Não sabemos quando. Não sabemos como. Mas sabemos que fica. Porque vivemos por isso. Vivemos pela esperança de um tempo melhor. De uma situação melhor. De uma vida melhor.
“Conheço a vida bem o suficiente pra saber que não podemos acreditar que as coisas vão ser sempre iguais, não importa o quanto a gente queira. Não podemos impedir que as pessoas morram. Não podemos impedi-las de ir embora. Não podemos impedir nós mesmos de ir embora.”
Terminei esse livro fisicamente, mas não emocionalmente, porque ele será sempre um livro que levarei comigo. Porque primeiro, o assunto principal desse livro é de EXTREMA importância e precisa ser falado sempre e eu acredito que usar a literatura sempre será uma ótima forma de educar. Segundo, o livro tem plots perfeitos, doloridos e reais. E que fazem com que o seu coração se aperte todo e fique miudinho, miudinho. E terceiro, porque ainda que seja ficcional, ele é real e é a história de muitos mundo afora. E é impossível não se apaixonar, não se apegar e desejar cuidar para sempre desses garotos.
“Acabou o inverno. Finch, você me trouxe a primavera.”
Espero que o Buraco Azul de cada um não seja tão fundo e não tenha corrente tão forte, mas caso seja, que vocês sempre tenham a quem recorrer. Ou melhor. Sempre saibam que você sempre pode voltar à superfície. Mas caso não, tá tudo bem.
“Não mais enraizada, mas dourada, fluida. Sinto mil capacidades brotarem em mim.”
No fim, a Niven (autora) se tornou a escritora de um dos livros que mais me impactou nessa vida e que eu desejo que todos possam conhecer e não se esqueçam que dia 28/02 na Netflix tem a adaptação dessa história e eu já estou ansiosa!
Pernambucana, formada em Contabilidade com especialização em romances incríveis. Aprendeu a ler aos 4 anos e desde então não parou mais. Apaixonada por praia, fotografia, livros e no seu cachorrinho. Tem aqui no blog, um cantinho de paz e é uma honra poder dividir isto com você.
1 Comment
Viviane Oliveira
Mari sua resenha tá linda e bem emocionante, dá pra ver que o livro te marcou muito!
Mas confesso que não animo a ler, não sei te fizer porque, acho que é uma boa história sim, mas não me atrai.
Agora com o filme quem sabe eu não dou uma chance e talvez até leia depois ne! rsrs
osenhordoslivrosblog.wordpress.com
1 de março de 2020 at 22:11