Olá, pessoas bonitas! Tudo bem com vocês?!
Cá estou eu aqui para mais uma resenha e dessa vez é para falar de um livro que foi um dos meus favoritos no mês de fevereiro, perdendo somente para Por Lugares Incríveis.
Mas antes de falar sobre o livro, deixa eu explicar mais ou menos minha saga com essa obra. Eu sempre vi falarem muito bem da escrita da Raiza Varella e pude comprovar isso no ano passado quando li Te Juro Amor em Silêncio, que junto com Constelação de Gritos Mudos (Carol Teles) ocupou a primeira posição do meu favorito do ano. Então depois dessa minha primeira experiência perfeita com a escrita da autora, eu quis muito conhecer todas as obras dela. E Caçadora de Estrelas ocupava uma das primeiras posições, mas eu não queria ler a versão comercial, queria ler a primeira versão. E poso contar uma coisa a vocês? Foi simplesmente minha melhor escolha. Porque esse livro… esse livro me tirou as palavras!
Então vamos saber o que foi que eu achei?
Sinopse: Em Caçadora de estrelas, Eva, após flagrar o namorado com outro cara (e descobrir que, ainda por cima, ele tem um gosto para homens melhor que o dela!), se arrepende de ter abandonado a família, o gato, o emprego, os amigos e até o país para segui-lo. Mas a garota vai ter que arranjar meios de seguir em frente, o que provavelmente não será nada fácil. Com um mau humor feroz de quem acaba de ser traída e sem um tostão no bolso, ela decide que é hora de voltar para casa e recuperar tudo que deixou para trás. Embora a vida em casa esteja bem diferente do que ela se lembrava, Eva é obrigada a encarar tudo o que a espera e lidar com a situação como uma mulher adulta. Em contrapartida, o destino lhe prepara uma nova surpresa: um amor proibido. Será Eva corajosa o suficiente para lidar com mais um coração partido, mesmo que seja pela estrela mais brilhante do céu? Será que ela terá coragem de mergulhar em mais uma aventura amorosa sem saber que rumo irá tomar? Essa é uma decisão muito difícil para quem já teve o coração partido…Por conta de sua narrativa bem elaborada, Caçadora de estrelas vai nos surpreender, no decorrer do texto, com os caminhos que a história de Eva vai trilhar. Caminhos que vão levar o leitor aos risos é às lágrimas por uma trama que envolve família e amadurecimento.
Caçadora de Estrelas conta a história de Eva, uma garota que vive para achar sua Estrela, achar o grande amor da sua vida e por isso acaba sempre se metendo em grandes confusões e se envolvendo com homens péssimos! E após mais uma grande desilusão amorosa, em que Eva saiu do Brasil rumo a Londres sem o apoio e sem se despedir de sua família, ela volta para seu país e sua família e não sabe muito bem o que espera encontrar, mas espera poder deixar no passado mais um história desiludida. Mais uma história de dor.
“Foram o seu egoísmo e sua infantilidade os culpados pelos meses de merda que você passou fora de casa.”
Ao chegar no Brasil, após enfrentar um voo turbulento e pensar que ia morrer despejando todos seus segredos a um estranho qualquer, Eva tem em mente que só quer chegar, descansar e brincar com seu gatinho, o Cupido, e admirar seu lindo carro quitado na garagem. Mas como ela não olhou para trás ao sair do Brasil, a vida também não foi muito piedosa com ela. Sem carro, sem seu gato e com seu pai casado com uma mulher que tem duas filhas, Eva descobre amargamente que nem tudo correrá do jeito que lhe é conveniente pela primeira vez na vida e ela precisa aprender a lidar com isso também.
Então, Eva parte em busca de se autodescobrir e tentar encontrar seu lugar no mundo, enquanto tenta (em vão?) achar sua estrela. Mas diferente das outras vezes, quando seu coração chega partido, não tem mais ninguém para recolher, a não ser ela mesmo. Porque não foi somente sua família e bom emprego que ela deixou para trás, Eva também deixou Gabriel, seu melhor amigo e que é completamente apaixonado por ela. Desde, bom, desde sempre!
A questão toda é essa, o tempo! Quando o amor é sincero nenhuma quantidade dele é suficiente.
Caçadora de Estrelas é um livro que bom, me deixa em uma posição complicada, porque a personagem principal é extremamente chata. Sim, chata! É egoísta, mesquinha, mimada e infantil, e isso é puro reflexo de toda a educação que ela recebeu dos homens que a cercavam, que a colocavam em um pedestal alto demais para que ela pudesse (e quisesse) descer. Mas em contrapartida, a obra tem personagens cativantes. Não tem como não se apaixonar pelo Gabriel. É impossível. Ou pelo Pai da personagem, que é verdadeiramente um paizão. Que mesmo sendo admiráveis, não foram explorados conforme eles mereciam, visto que o grande foco era a Eva.
Contudo, em absolutamente nada eu consegui me identificar com a Eva, mas o grande X desse livro é a jornada de redenção de Eva. Que é extremamente dolorosa! Mas, muito bonita!
A Eva começa a sua jornada sendo egoísta, mas se vê em determinado ponto tendo que escolher entre fazer o que somente lhe faz bem, ou que proporciona uma melhor opção a todos e até chegar nesse ponto, é cansativo e meio maçante ler os capítulos sob as perspectiva da Eva, me vi preferindo o Gabriel muitas vezes, mas o livro nunca foi sobre a jornada dele, ou a jornada deles como um possível casal. Sempre foi a jornada da Eva em busca da sua estrela. Em busca de entender o que significa ter uma estrela.
E quando ela entende, nossa, é perfeito! É destruidor! É doloroso demais! É de massacrar o coração, porque era ora segurando o kindle e passando as páginas, ora limpando as lágrimas dos olhos.
Dei 4,5 estrelas e favoritei esse livro em grande parcela pelo final. Gosto e admiro muito o que a Raiza fez no final desse livro e como ela encerrou com maestria a grande jornada desses personagens. Cheguei no final do livro não querendo me despedir, ao passo que suspirei com alívio, porque meu coração merecia um pouquinho de alivio. E só não dei 5 estrelas, porque bem, a Eva do começo dessa história não merecia.
Não tenho noção do que a autora fez na versão comercial, mesmo sabendo que o final é bem diferente, porém, mesmo que eu tenha passado muito raiva e em muitas vezes me conectar com a Eva foi simplesmente impossível, tenho certeza que a versão comercializada pela Verus não irá causar o impacto que essa primeira versão causou. Eu tenho certeza.
“Todas as pessoas são egoístas, isso é um fato, o que varia é apenas o objeto do egoísmo e sua intensidade. Mas aprendi da maneira mais difícil a dosar esse defeito, olhar ao redor, ver o mundo e descobrir que a dor das pessoas também deve ser levada em conta. Eu aprendi a ceder, relevar, me doar e perdoar. Eu cresci, amadureci e percebi que as pessoas novas agregam uma família, que dar o benefício da dúvida a alguém é uma grande prova de caráter e que o amor cura praticamente qualquer coisa, menos a saudade e, acima disso, aprendi que amar e se entregar pode transformar uma pessoa .”
Pernambucana, formada em Contabilidade com especialização em romances incríveis. Aprendeu a ler aos 4 anos e desde então não parou mais. Apaixonada por praia, fotografia, livros e no seu cachorrinho. Tem aqui no blog, um cantinho de paz e é uma honra poder dividir isto com você.
3 Comments
Karine Fernandes
Já li maravilhas desse livro, dessa autora, mas confesso que nunca consegui completar uma leitura de algo dela, tenho todos os livros por mais estranho que possa soar, mas simplesmente não consigo, acredito que meu momento com ela ainda não tenha chegado, mas eu gostei muito de conferir e ver o quanto gostou dessa história. É sempre maravilhoso quando uma história nos captura.
Beijos
26 de março de 2020 at 16:26Alisson Gomes
Oi Mari!!
Manina eu li a sinopse do livro e automaticamente ficou interessado nele!E depois de ler sua resenha ficou claro que eu vou por esse livro em minha lista de leitura, ela tá longa, mas um dia ele chega lá e eu leio, ela vai sair pela Verus? Hmm acho que realmente da pra esperar um pouquinho mais!! Valeu pela dica!!
Beijos!
27 de março de 2020 at 22:01Eita Já Li
Renata Cezimbra
Oi Maria Paula, tudo bem?
7 de abril de 2020 at 23:11Já li algumas muitas resenhas dos livros da Raiza Varella, mas nenhuma me instigou tanto a ler um livro dela, ou de qualquer outro autor, como essa tua. E olha que não é fácil assim um texto crítico me levar a querer procurar a leitura, mas esse teu conseguiu essa façanha porque nunca li algo tão emocionalmente intenso quanto isso.
Um beijo de fogo e gelo da Lady Trotsky…
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