Olá pessoas bonitas! Hoje trago a resenha desse livro lindo, apaixonante e tão especial para mim. A Mais Bela Melodia, da Carol Teles. Vem se apaixonar comigo! ♥
Sinopse: Esperança é uma pequena cidade fictícia no Rio Grande de Sul conhecida pela produção incrível de vinhos, e pelo Festival das Uvas, um grande evento que atraia a mídia nacional e uma parcela considerável de turistas anualmente.
É nesse lugar onde moram o músico e popular Klaus, e a ambientalista problemática Lorena. Dois adolescentes que sempre viveram em lugares e momentos diferentes na cidade, dificilmente se cruzando.
O festival faz com que essa dupla seja envolvida no enredo da história, levando-nos a questionar os densos conceitos de amor, amizade e família.
A vida pode ser complicada, às vezes, mas é preciso decidir primeiro o quão longe você pode ir por amor, e o quão você está disposto a perder para ganhar. Até onde uma amizade pode ir para beneficiar o outro.
Descubra que nada é tão certo e determinante quanto nossos erros e, as consequências das escolhas que fazemos por acreditar neles.
Um livro que o fará prender o fôlego e se emocionar com os personagens do início ao fim.
Imaginei várias possibilidades de iniciar essa resenha, imaginei qual a melhor forma de fazer que vocês, assim que acabem, corram para ler este livro e acho que como tudo, ou quase, tenho que fazer com todo amor que existe em mim por este livro. Peço desculpas se ela ficar longa, mas peço mais ainda que vocês leiam, tanto a resenha quanto o livro.
Em A Mais Bela Melodia conhecemos de primeiro momento Klaus Hunter, um moreno dono de uns olhos azuis lindos e apaixonante. O músico mais talentoso que toda Esperança já viu e irá ver, e quando ele não encanta cantando, ele gosta de ser o Salvador correndo em sua moto ou carro.
“Era meu dever cívico fazer alguma coisa, não era? Eu tinha essa tendência a me jogar no perigo quando precisava. Era meus 50% de descendência paterna, falando mais alto.”
Ele está em uma longa pseudo-discussão com sua namorada Marion— que graças a Jesus não será por muito tempo haha—, quando percebe o cheiro de fumaça. Mesmo contra toda lógica, já que ele é asmático, ele segue em direção do fogaréu. O que ele não esperava era ver sua escola tomada pelo fogo e Lorena Sanchez presa dentro do local.
“Ajudaria mesmo se não devesse nada a Lorena. Esse era o Klaus Hunter que eu era: O Salvador.”
Lorena é uma mulher de 16 anos, sim, mulher! Uma pessoa que se esconde atrás de sua revolta e ignorância para não mostrar quanto que é só. Filha de um pastor rígido e com princípios totalmente retrógrados, de uma mãe submissa e que aceitava o que lhe era imposto e um irmão sumido pelo mundo. Agora entendem porque uma mulher de 16 anos? Qualquer pessoa que passe por isso e enfrenta de cabeça erguida, seja qual for sua maneira, não é uma adolescente, é uma mulher. Eu tenho dezesseis e as vezes sinto que sou uma alma velha em um corpo novo, imagine a Loren.
“Meu irmão tinha razão, meu pai era uma das bestas do apocalipse quando não estava na igreja e clamava aos céus pela misericórdia divina. Éramos crianças perdidas há muito tempo. Não tínhamos pó mágico que nos guiasse de volta para casa, e nos perdemos na Terra do Nunca , onde “nunca” era realmente algo grande demais.”
Após ser salva por Klaus e ser considerada responsável pelo incêndio, Lorena, a pessoa que mais caçoava do grupo de música no jornal da escola, tinha como penitência participar das aulas e do Festival das Uvas.
“Fiquei exatamente onde estava, plantado no meio do escuro esperando por uma explosão de meleca que jamais aconteceu, porque foi ai que ela começou a cantar, e o estrondo que seria externo foi completamente dentro de mim.”
E falando em uvas, apresento a outra ponta importante dessa história, Adônis Narcole, filho de um casal podre de ricos e com zero grau de paternidade nas veias, Adônis era o galã onde chegasse, seja pelos seus lindos fios loiros ou pela mais bonita conta bancaria de Esperança. Ele tinha em Klaus algo que jamais teve com outras pessoas e era recíproco. Eles se completavam de jeito único. Completamente especial. E lindo.
“E talvez dizer que ele era simplesmente meu amigo, seja muito pouco para o que nós dois tínhamos. Com um pai como o meu e uma família como a dele, éramos a única coisa que tínhamos.”
Terá romance sim, mas será de um jeito #Korena de ser, explosivo, apaixonante, contagiante e recheado de músicas!
“Eu amava a música de uma forma que jamais consegui entender. Se Deus não tivesse me dado voz e dom para tocar, eu seria um fanático, provavelmente um homicida de cantores e músicos.”
A caminhada desses dois é longa e árdua e acreditem, é em apenas alguns meses. Mas eles são suficientes para provar ao nosso Salvador e a nossa Revoltada que nem tudo é perfeito, que nem tudo é do jeito que queremos. Klaus tem sua bagagem, Lorena, a dela. Eles precisam, necessitam aprender com elas. Do mesmo jeito que nós devemos fazer com as nossas. Não é meter um soco na cara de alguém, ou fugindo, enchendo a cara de cerveja, enfrentamos nossos medos e bagagens quando os encaramos. E nem sempre o embate é vitorioso para o nosso lado.
“São nossas escolhas, Lou. São sempre nossas escolhas. Mesmo permanecer na merda é uma escolha.”
E AMBM é sobre isso, o poder de escolher e como iremos arcar com o que vem como bônus, ou ônus. AMBM nos mostra que as pessoas que eram para nos inspirar, em alguns casos, são as primeiras a nos reprimir. É sobre querer se encontrar e sempre se perder, e descobrir que é quando estamos completamente perdidos, ai nos achamos. É saber que quando a gente ganha, algo está sendo tirado de nós e paciência, essa é a vida.
E sabe o que é mais complicado? É que real! Quantas Lorenas não existem por aí reprimidas pelos pais? Quantos Klaus reprimidos pela carga de ter sido abandonado por alguém especial? Quantos Adônis reprimidos por ser dotados de bens materias e sem qualquer exemplo de paternidade?
“Não romantize a vida, Klaus . Ela não é tão palpável assim. Não é do jeito que você imagina. Quando menos esperar, ela vai te dar uma rasteira estranha e singular, e você vai ficar tonto por dias, meses, talvez até anos tentando descobrir o que fazer com o desnorteamento que ela deixou. É claustrofóbico viver se você não sabe tomar decisões difíceis.”
Contudo, AMBM também nos mostra que somos invencíveis quando estamos ao lado de pessoas que nos fazem sentir assim. Que somos indestrutíveis quando o embate é duro e a queda inevitável, mas que há pessoas com as mãos estendidas para nos ajudar a levantar. Que somos irredutíveis quando amamos e fazemos aquilo que adoramos. Que somos nossos super-heróis quando acreditamos que somos. E que esperança, fé, é acreditar que tudo ficará bem. Mesmo quando não há, aparentemente, possibilidade para isso. AMBM, eu te venero!
“Eu gosto dela. Eu gosto tanto dela, que fico sem ar quando ela está por perto. Gosto dela o suficiente para enfrentar o pai louco que ela tem só pelo prazer de vê-la sorrir. Gosto dela a ponto de esquecer quem sou para poder agradá-la. Eu mandaria todas as músicas dos Beatles para ela por mensagem se soubesse que isso a tiraria do poço em que ela se entocou. Sei que isso pode parecer bobo, mas, às vezes acho que não sei mais quem sou se ela não estiver por perto.”
“Eu estava apaixonada por Klaus Hunter! Era o pensamento mais aterrorizante e delicioso dos últimos dias. Talvez da última década. Provavelmente da minha vida inteira. Eu estava ferrada, e simplesmente adorava como isso fazia eu me sentir.”
A Carol é doutora e com todas as especializações quando se trata de escrita, e arrisco dizer que em outras áreas também. O que essa mulher fez foi sem explicações, ela foi capaz de me fazer se sentir inserida, novamente, em Esperança, me fez torcer tantooo que Esperança fosse real e eu pudesse conhecer a turma de lá, me fez agradecer aos céus por ser só um livro. Me fez amar os personagens, para que em seguida, eu os odiasse. Ela é rainha em causar contradições na gente. Em mim. Minha diva master, como eu a chamava quando li esse livro pela primeira vez lá em 2014.
E por mais que o livro tenha mais de 700 páginas, impossível você se cansar dele. Você sempre quer mais e mais. Em nada a leitura é arrastada e difícil. Não é leve, tem seus picos de emoções e isso é sensacional. Por isso não entendo como ainda não publicaram esse livro. Sério. Eu amo a Carina Rissi, a Thalita Rebouças, mas devo dizer que Carol Teles é tão rainha quanto elas. E digo mais, quando AMBM for publicado por uma grande editora, será tão vendido e amado quanto os livros delas duas. Ou mais. Aposto todas as minhas fichas nisso.
“Incrível como mesmo sendo a pessoa mais irritante do mundo, Lorena tinha conseguido conquistar todos eles.”
E um conselho que eu dou, por mais que digam que conselho não é bom rs, leiam esse livro. Se permitam entrar em Esperança e conhecer cada personagem. Extraia as lições que estão nas entrelinhas e escancaradas. Se permitam viver um amor singelo ou explosivo. Viver uma amizade de anos e ser único, ou uma de alguns meses e ainda assim, a melhor. Se permitam sofrer e aprender a superar, como cada personagem fez, ou tentou. Mas principalmente, se permita escolher e ouvir. Ouçam. O que está sendo dito e principalmente, o que não está.
AMBM é o meu livro favorito nacional e da vida toda, é o livro que eu, se tivesse condições, faria milhões de exemplares e distribuiria a todos.
“Eu só tenho dezesseis anos e não estou pronta para coisas irreversíveis.”
Ps: ainda sou #Klausete, mas consegui enxergar toda situação por um novo parâmetro, e nele, há bastante agua rolando rs.
(Só quem leu vai entender)
E escutem Garotos, vocês entenderão bastante deste livro.
“—Vamos sair daqui?—Ao infinito e além? —E depois disso.”
Pernambucana, formada em Contabilidade com especialização em romances incríveis. Aprendeu a ler aos 4 anos e desde então não parou mais. Apaixonada por praia, fotografia, livros e no seu cachorrinho. Tem aqui no blog, um cantinho de paz e é uma honra poder dividir isto com você.