• InResenhas

    [Resenha] Meninas que falam ou HIstórias de todas nós

    Olá, pessoas bonitas! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

    Estou aqui para trazer mais uma resenha, gente! E dessa vez foi de um livro recebido em parceria com a Chiado Books, editora parceira e querida por mim e que me enviou o livro “Meninas que fala ou Histórias de todas nós” da autora Dani Santos e possui uma história belíssima, muito bonita mesmo! Vamos conhecer?

    Sinopse: Em meio ao tédio que perdura em uma longa viagem de carro, cinco amigas, com prospectos inocentes de relaxar na praia e curtir o fim de semana, acabam se deparando com emoções que há muito tentavam esquecer. As histórias que resolvem compartilhar levam a lugares perigosos de revisitar, mas que, se ignorados, tornam-se ainda mais penosos.

    Vitória, Sara, Sophia, Jenifer e Lorena são meninas-mulheres que descobrem, depois de tanto tempo de solidão, o alívio de deixar o exílio interno onde viviam isoladas até então.

    Em Meninas que falam ou Histórias de todas nós, vamos conhecer um grupo de amigos que estão seguindo em uma viagem de carro para um final de semana que tem tudo para ser agradável. Com histórias de vidas diferentes e com trajetórias que muito as ensinaram, as amigas Vitória, Sara, Sophia, Jenifer e Lorena são meninas-mulheres que tem muito a contar e a nos inspirar.

    Com histórias de vidas transitando entre abuso sofrido na infância, humilhações, acidentes que-não-foram-tão-acidentes-assim e muita, muita perseverança e resiliência, elas deram a volta por cima e conseguem olhar para seu passado com outros olhos e um sentimento de vitória.

    Eu li esse livro em um dia e acho que o grande motivo foi que as histórias das meninas são mesmo inspiradoras e capazes de nos fazer pensar um pouco na vida. As dores delas são reais e podem ser sentidas, assim como a alegria quando percebemos que elas venceram. Elas superam as adversidades, assim como se superaram.

    Meninas que Falam ou História de todas nós é um livro sobre olhar para o passado e tentar tirar boas lições dele, sobre crescer e amadurecer sem perder sua essência, ou se redescobrindo uma nova pessoa. O livro é dividido em capítulos onde cada uma das amigas é a protagonista e assim que termina de contar sua história, passa a vez para a outra. O livro também é curto e possui uma fluidez incrível, fico somente na duvida se isso se dá pela curiosidade de saber o que aconteceu com a personagem em questão ou como a história da próxima poderá ser tão triste quanto.

    Eu realmente gostei muito, muito dessa história e da escrita da autora e recomendo MUITO para quem gosta de histórias emocionantes!

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  • InResenhas

    [Resenha] Superlativo – Medina Becker

    Oi, gente! Tudo bem com vocês? Eu espero que sim!

    Hoje é dia de trazer mais um post por aqui, como falei antes, em tempos de quarentena estou usando desse tempo de fazer algumas coisas que eu já tinha muita vontade. Algumas estão dando resultados, outras estou me frustrando um pouco, mas tudo no seu tempo e sem muita pressão, até porque o tempo que estamos vivendo já nos coloca pressão demais.

    Então sem muitas delongas, hoje eu vim aqui falar com vocês sobre Superlativo, que é o terceiro livro da série não seriada Medina Becker e que é, atualmente, minha série de Young Adult favorita desse mundão. E sabe o que é melhor? É nacional! Morro de orgulho das minhas meninas, gente!!

    Então vamos lá conhecer mais sobre essa obra que eu tanto amo?

    Sinopse: Entrar para a vida adulta é um grande marco, e isso não seria diferente para os dois pares de gêmeos da família Medina-Becker: Patrícia e Stella se mudaram da casa dos pais para cursar faculdade em outro estado, Apolo está tentando alavancar sua carreira de modelo, e Hélio está cada vez mais perto de tomar decisões importantes a respeito de seu namoro de anos.

    Tudo parece muito positivo e empolgante, mas é óbvio que, como em todas as fases da vida, novos dilemas não param de chegar. E o clima tropical do verão do Rio de Janeiro e de Florianópolis só faz as coisas esquentarem ainda mais! O ressurgimento de um amor antigo, uma paixão inesperada, descobertas familiares e até mesmo a simples leitura de um livro está fervilhando as cabecinhas desses jovens, enchendo-os de pergunta sobre eles mesmos.

    No terceiro livro da série (não seriada) Medina-Becker, Bruna Fontes nos presenteia com a oportunidade de entrar na mente dos gêmeos dessa família que conquistou mais de quatro milhões de leituras no Wattpad. Com a sensibilidade de sempre, a autora aborda temas importantes do cotidiano dos jovens, levando o leitor a sentir o dilema que é mudar e/ou assumir (para si e para os outros) que talvez você não seja a pessoa que todo mundo imaginava que fosse.

    Em cada um dos livros vamos conhecer um (ou mais de um) membro da maior família desse Brasil a Medina Becker, e nesse terceiro livros vamos conhecer a dupla de gêmeos Hélio e Apolo e Stella e Patrícia, os jovens que estão nas casas dos 20 ou quase lá, no caso das meninas. O livro é dividido como em uma fita cassete, tendo um Lado A e um Lado B, onde no primeiro iremos acompanhar um pouquinho sobre Apolo e Stella. O gêmeo astro da família e a irmã mais controladora possível.

    Apolo é lindo e isso é uma verdade reconhecida por todos e ele conseguiu fazer sua carreira como modelo após ser escolhido para estrelar o clipe de uma cantora muito famosa. Depois disso, todos passaram a querer saber mais sobre o jovem e ele estava curtindo demais essa fase. Até que ele reencontra uma amiga de infância e com isso, começa alguns questionamentos que o levam a uma descoberta pessoal, que por falta de palavras melhores, vou colocar excepcional.

    “Eu não me acho melhor do que os outros, só tenho plena consciência de quem sou; dos meus pontos altos, dos meus pontos baixos, das coisas em que sou bom. Muitas vezes acabo errando, mas eu me aprecio, e não sei por que às vezes parece que eu preciso ficar pedindo desculpas por gostar de mim mesmo.”

    Se Apolo está muito bem, obrigado, Stella parece não saber muito bem para onde ir. Ela está feliz com sua faculdade, mesmo que não seja onde ela tenha planejado desde o início, não tenha as coisas sob controle como tinha em Assunção —cidade de onde ela é— e esteja sentindo que sua relação com sua irmã, Patrícia, está tão diferente que ela não sabe muito bem qual foi o ponto de partida que fez tudo ficar do jeito que está. Mas ela quer descobrir e nessa busca, ela acaba encontrando muitas respostas, outras tantas perguntas e um amor para chamar de seu. Será?

    “Afinal de contas, eu estava viva para comprovar que, sim, o que mudava a gente eram os sentimentos, eram o que as coisas ao nosso redor provocavam dentro de nós. Às vezes era muito ruim, o que nos transformava em ostras, sofrendo por aquilo que somos.”

    Hélio é o gêmeo tímido e é totalmente o oposto do seu sósia. Em um relacionamento de 3 anos que está passando por muitas complicações, o mais velho dos Medina encontra-se em um limbo de várias perguntas e questionamentos que o fazem entender amis de si, e consequentemente, um pouquinho mais do mundo. Hélio é o irmão mais centrado e acho que por isso, por sempre ter vivido uma vida com muitas responsabilidades e com passos já certos, ele se vê tão perdido quando a vida dá uma guinada de 360°. Mas uma coisa que eu admiro demais nele é esse poder de reconhecimento de quando precisa pedir ajuda. É lindo demais!

    “Quando somos pequenos, são os nossos pais os responsáveis por nos ensinarem tudo sobre o mundo. A gente nasce sem saber nada, e são os nossos pais que ajudam a construir as pessoas que seremos no futuro, transmitindo para nós aquilo que eles acreditam ser a verdade.”

    E Patrícia é a nossa boa menina, não existe reclamações para ela. A boa filha, a boa amiga, a boa irmã, a boa estudante, mas na verdade será que ela é só isso? A boa alguma coisa? Será que ela não pode ser a melhor em algo? A mais desejada? E todas essas inseguranças ficam ainda mais fortes quando ela ver que todas as suas amigas e irmãs estão em um ponto em que ela não está e se sente cada vez mais para trás. E, claro, entrando nessa busca de se entender e na corrida contra alguma coisa que ela entende, ela descobre que não existe uma fórmula mágica e que para cada um há um tempo e um momento. E aff, como foi lindo essa descoberta!

    “A vida era mesmo uma caixinha de surpresas. E se tinha uma coisa que eu estava aprendendo era que, por mais que você ache que tem certeza de quem é, nada garante que isso não possa mudar. Nada garante que você não vai descobrir coisas dentro de si que nunca tinha visto antes e embarcar em novas aventuras. Nós nunca temos o controle do que vai acontecer adiante, apenas dos nossos próprios passos, e eles muitas vezes podem nos surpreender.”

    Superlativo é um livro que tem TANTO temas sociais importantes que eu nem sei explicar direito as vezes. É o meu livro favorito disparado dessa família (acho que toda vez que eu ler um livro deles vou falar isso) e amei a forma como a Bruna Fontes lidou com todos os temas desse livro. Temos importantes debates sobre raça —ser negro vai muuuito além da cor da pele, sabe? —, sobre homossexualidade e sobre se sentir “atrás” sempre.

    “Patrícia queria ser livre; eu queria ser autêntico. Stella queria ser independente; Apolo queria ser suficiente. E o que todos esses adjetivos tinham em comum era que denunciavam o desejo em todos nós de encontrar e confrontar o nosso verdadeiro eu, escondidos debaixo das nossas peles, em constante mutação dentro das nossas mentes.”

    Foi impossível não me conectar com esses personagens, porque cada um deles viveu algo que eu já vivi. Seja o questionamento sobre minha raça até entrar em um relacionamento longo que se desgastou. Seja estar sem o controle de mim que tanto prezei até essa sensação de sempre estar atrasada. Nossa, amei tanto esse livro que nem sei explicar e se eu pudesse distribuía ele para todo mundo, porque ele traz pontos que realmente julgo muito importante e essencial para o momento que estamos vivendo atualmente, de descobertas pessoais e debates sobre quem somos na sociedade.

    “É preciso coragem para se permitir enxergar a si mesmo com outros olhos, para entender o lugar no mundo que você ocupa e não só aceitar a diferença entre os outros, mas não se abster quando é preciso, como fez o Apolo. É preciso coragem para sair de casa e se permitir conhecer quem você é de verdade e perceber que você é suficiente sozinho, como fez a Patrícia. É preciso coragem para cortar o cordão umbilical e se permitir desbravar o desconhecido, como fez a Stella.”

    Me torno cada vez mais fã dessa família e da escrita sensível e verdadeira da Bruna e só espero pelo quarto livro, que me causa uma dualidade de sentimentos: o quero muito para poder matar a saudade assim como quero que demore para que eu não precise me despedir nem tão cedo dessa família incrível.

    Gata Bolota, conte comigo para tuuuuudo!

    “Nós éramos superlativos. Éramos uma mesma qualidade intensificada ao seu mais alto grau que havia na língua portuguesa.”

    Todos os livros dessa série, assim como todo o catalogo da editora se encontram disponíveis para leitura no Kindle Unlimented.
    “Eu sabia quem eu era. Sabia para onde gostaria de ir.”

    “Entre a minha irmã gêmea e a guria de quem eu gostava, eu me senti alguém que tinha pelo que viver. Alguém que tinha um futuro pela frente e gente boa demais ao meu redor. Me senti sortuda e sorri para Floripa enquanto ela sorria de volta para mim.”

    “Mas não é por isso que estamos vivos, afinal de contas? Para nos redescobrirmos todos os dias e desbravar as esquinas mais desafiadoras em toda a existência do ser humano– aquelas que estão dentro de nós mesmos.”

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  • InLiteráriamente

    [Chiado Books] Lançamentos de Abril

    Oi, Gente! Tudo bem? Espero que sim!

    Acho que vocês devem saber que o cantinho aqui é parceiro da Chiado Books e essa editora é muito amor, gente! Eles possuem muitos lançamentos semanais e por isso foi feito uma curadoria e trouxe alguns lançamentos do mês que se passou para trazer para vocês!

    Espero que amem! Vamos lá conferir?!

    Atrás da Porta – Motivos Ocultos de A. Gavazzoni

    Sinopse: Lara, uma linda arquiteta, morre nas mãos de seu namorado Mark, um advogado Nova Iorquino.
    Para ajudar a elaborar a defesa e sustentar sua tese de que a morte de Lara foi acidental, Carl, o advogado de Mark, contrata Simone, uma psiquiatra, professora e autora de livros sobre comportamento sexual.

    Simone recebe de Carl um relato detalhado – escrito por Mark, sobre o relacionamento passional dele com Lara – e passa a estudá-lo.
    Enquanto analisa o texto do suposto assassino, Simone continua a atender pacientes psiquiátricos, com perturbações de ordem sexual e fantasias não usuais, ao mesmo tempo em que pesquisa comportamentos sexuais sadomasoquistas para seu próximo livro.
    Edward, amigo, sócio e parceiro de pesquisas de Simone, trabalha ajudando a polícia na investigação de um assassino serial que vem torturando e matando mulheres.
    Sexo incomum e ardente, pacientes psiquiátricos hilários, romances tórridos – que têm como cenários Nova Iorque e Paris – este livro é uma combinação de mistério, erotismo, suspense, humor e romance.

    Das Crônicas do Inferno – Tomo I de Eneas J. F. Severiano

    Sinopse: Na idade média, um carrasco da santa inquisição refina a arte da tortura.
    E se a linha do tempo se dobrasse sobre si mesma?
    Um desfecho incomum para a repetitiva situação de imposição os gostos alheios.
    Um cardápio inventivo, numa noite com surpresas inesquecíveis.
    Ele e Ela – até que a morte os separe?
    Um inteligente vendedor e sua maneira peculiar de impulsionar seu negócio.
    Um astrônomo e a imortalidade no céu.
    A eterna coisa no porão escuro da casa antiga.

    Furacões de Borboletas de Ilana de Oliveira

    Sinopse: A vida real bateu na porta de Laura cedo demais, e a pequena menina teve que aprender a lidar com um transtorno de ansiedade que por muito tempo regeu seus planos. Porém, quando os seus mais ousados sonhos a chamam ela terá que decidir se deixará seus medos falarem mais alto ou se ignorará a voz que a impediu tanto de perceber quem ela realmente pode ser.

    Kerata, o colecionador de mentes de Juliana R. S. Duarte

    Sinopse: Uma mentira, e tudo vai pelos ares. Um passo em falso, e o massacre começa. Parece um show de horror, mas o pesadelo está apenas começando. Não ouse desviar o olhar. Não cruze os braços, não ande para trás. O corpo fala mais do que as suas palavras, e ele diz: culpado! Não há outro destino para condenados no corrupto Badernil senão a morte. Mas até lá, muita tortura vai acontecer.

    Deus Ex Machina de Guilherme Lemke Z

    Sinopse: Um mágico de circo faz seu número acompanhado do espírito de uma raposa invisível. Um palhaço triste comete suicídio no seu trailer. Uma jovem estudante de artes cênicas com o cabelo pintado de azul. Três personagens que aparentemente não tinham nada em comum se encontram nessa obra recheada de misticismo e espiritualidade. Até que ponto o teatro é só representação? Ed Fuchs percebe que existem truques além da sua imaginação, direcionando sua vida. E a raposa está observando em silêncio. Quando ela irá agir?

    Em seu mais novo romance, Guilherme Lemke Z nos apresenta novamente sua narrativa furiosa e ácida, porém levada a um novo patamar. Misturando descrições cruas e irônicas a um lirismo digno do mais alto padrão literário, o leitor é presenteado com a obra mais frenética e envolvente da literatura dos últimos tempos. DEUS EX MACHINA é definitivamente um dos pontos altos da carreira do autor, e uma obra simplesmente indispensável.

    O ladrão de histórias de Andreia Hamerski

    Sinopse: Os dias passam e a tranquilidade da cidade está ameaçada. A chave do mistério pode estar nos livros, mas em quais? Um detetive e uma mulher apaixonada por livros vão se unir para desvendar esse mistério. Dias cinzentos e chuvosos anunciam acontecimentos aparentemente sem explicação.
    Até onde pode chegar o desejo de vingança?
    De que se alimenta o medo?

    Os vampiros de Ricardo Teles Araújo

    Sinopse: O romance gira em torno de Cezar, um vampiro lobisomem que teria chefiado a companhia dos imortais na guerra Russo-Turca (1877-1878). Cezar, como todo vampiro, era muito longevo e ao final do livro já teria mais de 200 anos. Ao longo de sua existência, Cezar teria vivido muitas vidas, cada vida com sua história.
    Talvez Cezar não tenha existido, mas Heródoto escreveu sobre o regimento dos imortais do exército aquemênida que existiu há 2500 anos. Na Rússia o regimento dos imortais participa da parada do Dia da Vitória.

    O livro Os Vampiros pode ser lido também de maneira metafórica – talvez representando nossas vidas em diferentes fases, nossos medos ou nossos amores. Pode representar as instituições profundas que corrompem a sociedade, se digladiando em busca do poder. Pode questionar a lisura do bem, quando por trás do discurso há interesses escusos. Há todo um simbolismo que pode ser explorado.

    Sálvias de Regina Maria

    Sinopse: Ao mesmo tempo singular e universal, Sálvias dá vida a uma mulher sem nome e sem fundo. Por meio de uma narrativa densa, poética e fragmentada, conseguimos nos aproximar de sua intimidade, ouvir suas rezas, visitar seu passado e também se enternecer com suas dores. A apoteose do livro parece estar, no entanto, na simbologia do jardim de Sálvias, que ela mesma planta, e cuida diariamente, enquanto tenta juntar os retalhos de si, descosturados aleatoriamente pelas adversidades e mistérios da vida.
    Sálvias é um livro de coragem e entrega ao silêncio, quando nada mais resta…

    Todos os livros você pode encontrar disponível na Loja da Chiado.

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  • InDiário de uma vivente

    Tentando sobreviver ao isolamento social

    meu Deus, gente. tem dias que encaro o isolamento social muito bem. são dias que eu não preciso acordar às 5h30, sair de casa às 6h, pegar dois ônibus e um metrô, trabalhar cerca de 7h por dia, andar mais 1,5km até minha parada com altas temperaturas, pegar mais um ônibus (quando tenho sorte de pegar ele rápido), passar mais de 40min nele, chegar na faculdade e esperar cerca de 3h até ter a primeira aula e usar desse tempo para estudar, descansar e jantar; depois ter cerca de 3h de aulas, correr para a parada e pegar mais 2 ônibus e um metrô, chegar em casa depois das 23h, jantar, arrumar as coisas para o outro dia, tomar banho e dormir (menos de 6h) para esse ciclo todo recomeçar de novo. Então sim, tem dias que eu gosto desse isolamento social. e de ter uma calmaria bem vinda à minha rotina.

    mas tem outros dias, que nossa senhora, eles são horríveis. são os dias que eu sinto que nada dará certo, que não sei se terei um trabalho quando tudo isso passar ou até mesmo quando isso vai passar. tem dias que ficar em casa me sufoca, como se as paredes da minha casa estivessem se aproximando com o objetivo de me prender entre elas, até não ter mais espaço. tem dias que o desânimo bate tão forte que até levantar da cama é um suplicio. tem dias que simplesmente não dá. que as horas passam e passam e eu permaneço no mesmo lugar. é. tem dias que não dá.

    eu tenho plena noção que existem pessoas em situações piores que a minha e pensando nisso que tento levantar e me motivar a fazer qualquer coisa, por menor que aparente ser. é por ter essa noção que não me permito -tentar- desanimar totalmente, contudo, tem dias que não dá e é quando o egoísmo grita dentro da gente e nós só pensamos em nós, nas nossas dores e na nossa situação. quão sufocante é. quão desesperador é você ter tempo e não ter tempo de fazer de tudo que você quer.

    e quando eu chego nos dias bons, eu durmo feliz. durmo leve. sabendo que fiz tudo que podia e até mais. cumpri todos os mais de 15 itens da minha lista. comentei em posts. criei posts. tirei fotos. editei fotos. li um livro. iniciei outro. assisti videoaula. terminei um resumo. fiz tudo. estou completa.

    e no fim, sigo durante esse período de isolamento com a ansiedade me dizendo “oi” todo dia, e sigo combatendo-a o máximo de dias que posso. e como eu costumo dizer, meu mantra pessoal, não há nada como um dia após o outro e nunca reclamar, sempre agradecer. São frases de duas músicas que eu gosto muito que vez e sempre coloco-as para que eu escute-as e elas me confortem.

    o isolamento social serviu para me mostrar que todos os dias temos nossas lutas e que de onde não imaginamos é de lá que tiramos nossa força. para vencer os dias maus, os dias bons e os dias em geral.

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