EmDiário de uma vivente

Mais uma vez, mais forte.

Às vezes, eu nem acredito que estou vivendo em uma pandemia. Sabe quando parece que entramos em um mundo paralelo, quando imaginamos coisas, pensamos alto? Eu me sinto assim.

Quando saio na rua e vejo todos de máscaras, quando, por um acaso, assisto o noticiário e vejo os quantitativos de mortes diárias. Caramba, mais de 1000 mortes diárias e nós, simplesmente, nos “acostumamos”. Não sei que mundo paralelo é esse, mas sei que preciso acordar.

E eu acordo. E percebo, mais uma vez, que não é um sonho, ou melhor, um pesadelo. É real. Tem gente morrendo todos os dias. Tem gente contraindo a doença e nem percebe. Tem gente que nem entende a real urgência da situação que vivemos. Tem gente que nem entende. Mas na verdade, tem menos gente.

Perdemos nossa liberdade para um inimigo invisível, perdemos entes queridos, perdemos situações que tanto queríamos viver, sonhos frustrados e desejos inconcebidos. Impossíveis. Mas o que não perdemos é a esperança, é a certeza que, de alguma forma, daremos um jeito.

Como cantava Belchior, “tenho sangrado demais, tenho chorado para cachorro, ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”. Passamos pelos piores dos anos, piores dos dias, piores das dificuldades e demos as voltas por cima. Claramente iremos superar e vencer mais essa corrida, pode ser mais díficil, e será.

Pode demorar mais, e demorará, afinal, uma vacina precisa ser feita ainda; a população precisa ser vacinada e precisamos nos reconstruir ainda. E mesmo com toda a dificuldade, mesmo com tudo sendo bem difícil, daremos um jeito.

Mais uma vez. Mais forte!

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