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[Diário de Uma Vivente] De vez em sempre, tenho medo do futuro

De vez em sempre, tenho medo do futuro

Do que ele reserva e se vai ser tão bom quanto a gente espera. Pode parecer bobo, mas não é. O desconhecido me assusta. Saber que não tenho o controle de tudo me apavora. E me alivia também. Pois, assim, não vivo com a pressão de ser mais que 100% responsável pelo meu futuro.

Porque a gente sabe, não somos nós que ditamos como vai ser daqui a um, cinco ou dez anos. É uma soma de coisas. Nossas atitudes mais o ambiente e condições que estamos.

Estranho pensar que sair numa hora errada, fazer um caminho novo ou perder o ônibus é capaz, veja só, de mudar nossas vidas. É o efeito borboleta que dizem.

E se esse texto está tomando um caminho meio triste e longe do que eu queria, era porque era o que eu precisava escrever.

De vez em sempre, tenho medo do futuro, mas sou grata por saber que se depender de mim, algumas coisas darão certo. Outras, ainda não. Mas podemos mudar, ne? Sempre é tempo e nunca é tarde.

Me assusta o futuro também por saber que ele depende de mim. Não sei se você não fica assustado as vezes, porque eu fico.

Porque eu, de 15 qnos, recém terminado o ensino médio já preciso saber o que fazer já faculdade? Porque eu não posso querer me divertir sem ter o peso de contas para pagar e provas para estudar? Porque eu não posso só ser eu, sem pensar que preciso tantas coisas e tantas responsabilidades.

Esse texto não é para nos isentar. Não é para me isentar. É para colocar para fora um medo que tenho.

De ser a responsável pelo meu futuro. E de não ser a responsável pelo meu futuro.

Dele ser incerto, e por consequência, eu também.

De vez em sempre, tenho medo do futuro.

E tudo bem.

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