EmDiário de uma vivente

Ainda estou viva e você?

Oi, minha gente! Tudo bem com vocês?

Saudades demais de aparecer aqui, de tirar as teias de aranhas que surgiram por aqui, mas é que foi pesado esses últimos meses, sabe? Parece que fui atropelada e atropelada sem dó. Mas não gosto de reclamar, gosto de pensar que tudo tem um propósito e por ele, eu sigo. Cambaleando. Porém, ando.

E esses meses me fizeram entender que somos de fato – ou deveríamos ser – protagonistas de nossas histórias, de nossas vidas. Não só sobreviver, entendem? Aelin Galanthinyus fala isso para Rowan Winthertorn, que ele a fez querer viver, não existir ou sobreviver, mas viver. E Adele, lindamente, canta isso também em Love In The Dark.

Tudo bem que nos últimos meses, mais sobrevivemos do que existimos. Porque existir está sempre ligado ao fato de sair, viajar, encontrar os amigos e estando em um cenário pandêmico isso é impossível. Ou deveria ser.

Mas viver não é sobre estar fora de casa e ter todas as aventuras que Rua tem a proporcionar, é sobre entender que a vida é sempre um processo. Longo, árduo e eterno. Que uma conversa via vídeo é uma forma de escape, que a dorzinha da saudade, do desespero é para te lembrar que você está aqui. E você ainda pode mudar as coisas, mesmo dentro de sua casa.

Escreva um livro, assista um filme, comece um curso. Estude. Faça novas amizades, assista o bbb ou chore com wandavision, desde que você faça. E sinta. E perceba que você está vivo. Todos os dias. Em todos os instantes.

A ansiedade vem, a insegurança também, o medo então? Nem se fala. Mas ainda estou aqui. Ainda não desisti. E me permito comemorar toda vez que passo por uma crise dessas. Inclusivo escrevo esse texto estando ansiosa, faltando exatos 9 minutos para minha prova, mas sei que escrevendo consigo distrair um pouco, consigo calar essa voz e perceber que ainda sou. Que estou viva. Não sobrevivendo. E vou terminar essa prova. Viva. Pode ser sem o 10? Sim, não tem problema.

Viva.

Não sobrevivendo.

 A década de 20 veio para nos desafiar, então vamos responder a altura.

Ainda estou viva, e você?

texto escrito dia 26/03/2021, antes da minha prova de contabilidade aplicada ao setor público

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