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[Resenha] Eleanor & Park – Rainbow Rowell

Olá, pessoas! Tudo bem com vocês?

Hoje é dia de trazer a resenha de Eleanor & Park que vai ter um filme contando a história desses dois adolescentes que têm muita história para contar. Vem comigo para saber mais!

Sinopse: Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smith. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.

Eleanor e Park são dois adolescentes vivendo no auge (ou não) que é ser adolescente fugindo demais dos padrões impostos como corretos ou melhores pela sociedade. Eleanor vem de uma família de cinco filhos de uma mãe ruiva e linda, porém casada com um monstro, que não tem o menor pingo de racionalidade. Eleanor tem desejos simples e após um passar um ano longe de casa, tudo que ela mais quer é ter um pouco de normalidade dentro do possível. Forte à sua maneira, essa garota ruiva nos mostrará que o melhor e o mais rico é sempre o que vem de dentro.

“Havia algo nas canções daquela fita. Eram diferentes. Causavam um aperto no peito e na barriga. Havia algo de excitante, e algo de angustiante. Faziam Eleanor se sentir como se tudo, como se o mundo, não fosse o que ela pensava ser. E era uma coisa boa. Era a melhor coisa de todas.”

Park é um descendente asiático apaixonado por HQs e músicas punks, tem pais que vivem em um estado de romance invejável após tanto tempo de casados e pratica taekwondo, mas que quando ver uma garota nova ruiva, não sabe porquê, mas a mantém por perto e juntos eles descobrem que ser adolescente não é mesmo uma missão fácil, mas que juntos a jornada fica um pouco mais leve.

Com histórias de vida tão diferentes e com doses de sofrimento aos seus modos únicos, Park e Eleanor descobrem o poder das músicas desconhecidas, dos HQs modernos e do amor. Vivendo sentimentos inéditos, os dois nos mostrarão que mesmo jovens, o amor é um sentimento forte e capaz de ultrapassar algumas barreiras.

“Só o que faço quando estamos separados é pensar em você, e só o que faço quando estamos juntos é entrar em pânico. Porque cada segundo parece ser tão importante. E porque sou tão maluca, não me controlo. Não sou mais minha, sou sua; e se você resolver que não quer mais me ver? Como pode me querer como eu quero você?”

A Rainbow trata de assuntos importantes como violência doméstica e bullying de uma forma não tão pesada, mas que ainda assim nos faça pensar e sofrer em agonia em algumas cenas; ela também traz assuntos e culturas atuais mesmo que o livro se passe nos anos 80.

Acredito que Eleanor & Park seja um livro para quem não queira entender o amor, mas sim, sentir. É completamente diferente ver o amor sob a perspectiva adolescente, mas ainda pela desses dois. Park ama falando e demonstrando; Eleanor, demonstrando, mesmo que às vezes mais pareça que ela está repelindo.

“Ele sabe que vou gostar de uma canção antes mesmo de eu tê-la ouvido. Ele ri das minhas piadas antes mesmo que eu chegue ao final. Tem um lugar no peito dele, logo abaixo da garganta, que me faz querer deixá-lo abrir portas para mim. Existe apenas um dele.”

No geral, me senti incomodada com alguns aspectos dos personagens, como o choro excessivo deles (exemplo: Eleanor se sente deslocada; Eleanor chora. Park não é compreendido pelos pais; Park chora), mas tento entender que isso se trata por serem adolescentes e terem uma vida um pouquinho mais complicada e que, às vezes, chorar ajuda mesmo. Ajuda muito.

O livro é todo em terceira pessoa e aborda a história sob a perspectiva dos dois personagens. Com grandes nomes citados no livro com The Beatles, The Smith, X-men, Star Wars e sobre o final? Ainda nem sei o que falar. Só sei que para tudo, o amor é sempre a resposta.

“Você salvou minha vida, ela tentou dizer. Não para sempre, não definitivamente. Provavelmente, só por certo tempo. Mas salvou minha vida, e agora eu sou sua. O que sou agora é seu. Para sempre.”

No geral, foi meu primeiro contato com a Rainbow e não foi favoritado, mas ainda assim o considero muito bom, deu muito bem para entender como ela lida e escreve seus livros. E mesmo que E&P não tenha atingido meu coração com força total, a escrita da Rowell sim. Estou curiosíssima quanto a ler outras obras suas.

“A gente acha que abraçar uma pessoa com força vai trazê-la mais para perto. Pensamos que, se a abraçarmos com muita força, vamos senti-la, incorporada em nós, quando estivermos longe.”

Mas e vocês, já leram Eleanor & Park? Gostaram? Me contem! Vamos conversar!!

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2 Comments

  • Thainá Christine

    Eu tenho bastante vontade de ler algo da Rainbow Rowell, e de todos os seus títulos Eleanor & Park é o que mais anseio ter contato. No geral eu sempre tenho bastante problema com casais de romances, pois a maioria me parecem abusivos e possessivos, mas acredito que esse será diferente e não irá me incomodar em nada, pelo contrário, me fará ficar apaixonada pelos personagens. Lendo sua resenha fiquei ainda mais ansiosa para iniciar a leitura.

    http://www.sonhandoatravesdepalavras.com.br

    30 de julho de 2019 at 21:32 Responder
  • Motivação Literária

    Essa obra é muito especial e importante, com abordagens muito importantes para nossa sociedade, para jovens, adultos e pessoas que buscam uma história para aprendizado, penso que o final desse livro poderia ter sido melhor trabalhado mais mesmo assim eu gostei da experiência quando o li a quase 4 anos atrás, beijos!

    31 de julho de 2019 at 00:05 Responder
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